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Fortalecer a fiscalização e o monitoramento deve ser a base para o Plano de Segurança de Barragens


Após quase três meses do desastre na barragem de Brumadinho, MG, a preocupação com o tema continua no Paraná. Com uma estimativa de 450 barragens no Estado, pouco se sabe sobre as condições da maioria destas estruturas e se este é o número real do que existe nos municípios paranaenses. Preocupado com essa situação, o deputado estadual Requião Filho (MDB) começou a elaborar em parceria com engenheiros e especialistas um Plano de Segurança de Barragens, voltado às pequenas estruturas. A ideia é ampliar a fiscalização e cobrar efetiva manutenção nas barragens existentes.


Nesta segunda-feira (15), o engenheiro Dimilson Pinto Coelho, diretor técnico do Comitê Brasileiro de Barragens, e Gerente de Divisão de Engenharia Civil e Arquitetura da Itaipu Binacional, foi o convidado para falar sobre segurança de barragens no Grande Expediente, da Assembleia Legislativa do Paraná. Em seu pronunciamento, Dimilson falou sobre a preocupação constante no monitoramento da barragem de Itaipu, bem como as formas avançadas existentes atualmente para realizar esta atividade e garantir a segurança das estruturas.


Hoje há diversas formas de leitura e monitoramento, com muita tecnologia. A Itaipu se preocupa, por exemplo, em prestar a capacitação e o treinamento a engenheiros e profissionais que trabalham, inclusive, em barragens de todo Brasil”, afirmou.

Assista:

O engenheiro deu exemplo de barragens brasileiras que, por negligência, após serem construídas sofreram deformações geológicas e se romperam poucos anos depois.


“Muitas dessas estruturas foram construídas sem um plano de segurança. Por isso é importante criar formas de, a partir da legislação estadual, fortalecer as normas federais existentes, e incentivar os municípios a fazerem um cadastramento organizado, com a documentação necessária para que mantenham a população segura em relação às pequenas estruturas”.

Para o deputado Requião Filho a ideia do Plano Estadual de Segurança de Barragens deve ser, primordialmente, ampliar as formas de investimentos por parte do Estado na manutenção e na fiscalização no Paraná.


“A ideia é modernizar e tornar mais segura a forma de como são feitas, monitoradas e fiscalizadas as barragens. É um projeto pioneiro. Estamos elaborando em conjunto com especialistas para concentrar esforços e tentar mapear a estrutura paranaense.
Oficiamos todos os 399 municípios e, até o momento, recebemos apenas 31 respostas. O levantamento é demorado, mas necessário para que possamos criar uma forma de ampliar a segurança da população”, afirmou o deputado.

“Queremos que seja um projeto simples, claro e objetivo, que não se sobreponha às normas federais, mas que foque principalmente na situação local.
A intenção não é prejudicar ninguém, nem impedir que o açude do pequeno agricultor seja feito, mas garantir que esteja dentro de parâmetros seguros para todos”, concluiu.

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