Situação de estruturas no Estado é desconhecida, e deputado cobra mapeamento para prevenção de áreas consideradas de risco.
A cidade de Bandeirantes viveu nesse fim de semana uma situação de extrema gravidade, com diversos pontos de alagamento e inundação após represas e barragens transbordarem afetadas pelo excesso de chuvas. Os moradores contam que o nível do rio Ribeirão das Antas estava acima do normal e não houve sequer avisos de risco à população. Para o Deputado Requião Filho, a negligência do Governo do Paraná ficou ainda mais evidente, uma vez que em novembro já havia sido alertado pelo parlamentar da necessidade urgente da criação de um Departamento de Mapeamento de Riscos Geológicos, mas sequer houve resposta.
“Quantas pessoas precisam morrer para este Governo se mexer? Em novembro foi o problema de deslizamento de rodovias em decorrência de fenômenos meteorológicos. Não podemos deixar a população à mercê da sorte, precisamos trabalhar com a prevenção. Queremos que o Governo crie com urgência um departamento formado por engenheiros e geólogos, com trabalho específico focado no estudo, monitoramento e mapeamento de áreas de risco”, declarou.
Imagens enviadas pelos moradores:
Requião Filho também chama atenção ao Projeto de Lei 403/2019, que propõe a criação do Plano Estadual de Segurança de Barragens, na intenção de mapear essas estruturas no Paraná. Com uma estimativa de 450 barragens no Estado, até hoje, pouco se sabe sobre as condições da maioria delas e se oferecem risco a população.
“O que ocorreu no Norte Pioneiro não pode se repetir. São estragos materiais que hoje afetam pontualmente a Vila São Pedro, a Vila União, o Jardim Primavera e a região do Bela Vista. Mas poderia ter sido muito pior, porque sabemos que existem outras barragens - até maiores, na cidade, que precisam ser monitoradas. E o que incomoda é que Bandeirantes está vivendo uma calamidade que poderia ter sido evitada”, acrescentou.
O deputado ainda lembrou que, se o Governo tivesse um plano anterior, na época da estiagem poderia ter criado formas de prevenir tudo isso.
“Poderiam ter aproveitado a época de seca para ter feito a limpeza, reparos e a devida manutenção preventiva nessas represas e reservatórios. Ações que todo gestor público tem a obrigação de fazer”, finalizou.
LEIA MAIS:
Comentarios