Por: Requião Filho
Acabaram as eleições. O comércio fechou, o circo acabou e o menino de covid morreu.
Acabou o auxílio emergencial, dane-se o povo! Agora é cada um por si… vieram mais impostos sobre os produtos e serviços básicos, mais pedágio e outras outras despesas que já faltam desculpas para tantas coisas que todos os governantes falaram que não fariam… e fizeram!
O dólar foi parar nas alturas, a vacina não veio e todo aquele sonho de Ícaro foi caindo sobre as águas do rio Paraná. Ops, o rio tá quase vazio! Alguém avisa, vai se espatifar no chão e seguir para um leito do SUS, se ainda tiver um.
"Faz arminha que salva", diz o vizinho! "Cuidado pra não pegar Covid", diz o outro! Use máscara, tome cuidado, vacina não presta, tem gafanhoto pegando a plantação, tem gente na rua na madrugada virando ladrão… explodiram mais um caixa eletrônico no interior, estão roubando nosso dinheiro, armando o ladrão, tirando nossa liberdade, nosso direito de encontrar a família… Ahhhhh!!!!
Que ano, senhores… que ano!
Estamos sofrendo de um mal ainda pior que as fake news ou que o Covid; é o vírus da demagogia.
Engraçado é que antes das eleições tudo podia, estávamos numa bolha de Faz de Contas. Os números estavam tão lindos quanto os do Ibope, tava tudo bem… pandemia quase acabando! Mas o vírus de verdade continuava por ali… sem se cansar da gente.
Passada eleição, agora não pode, não respira, não tem dinheiro, não faz isso, não faz aquilo, não tem como, juiz diz que não, prova só mata a Educação…
A pergunta que não cala, de quem é a culpa? Será desse vírus que separa um país, que divide opiniões, que não tem equilíbrio, que afronta a democracia?
Ou será dos governantes que não têm postura, que não têm firmeza para controlar esse caos?
O que fizemos com o nosso Brasil? O que fizemos com o nosso Paraná? Era isso que vocês queriam? Era esse o cenário?
Engraçado, não ouço vozes nas ruas. O grito de poucos é abafado pelos risos discretos que passam nos vidros fechados dos carros de luxo, circulando com gente que pouco liga para a dor do outro. Um cenário de tristeza, que vai terminar sem presente, sem Papai Noel, com desemprego nas alturas, sem esperança, sem confiança.
Está na hora de abrirmos os nossos olhos e começarmos a pensar em estratégias para voltarmos a ter um Governo de verdade. Sem demagogia, sem falsas promessas, objetivo, duro e certo. Para o bem de todos, para o futuro das novas gerações, das Marias, Josés, Valentinas e Moisés.
Acorda meu povo! Virá lá na frente, novamente, o tempo da mudança. Não teremos mais chance de errar. Não podemos mais nos deixar enganar!
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