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O Paraná das ilusões que custamos a acreditar

Propaganda enganosa vendida durante a abertura dos trabalhos legislativos demonstra que, pelo jeito, vivemos em Estados diferentes.

Por: Requião Filho

Requião Filho | Foto/Arquivo: Sandro Nascimento / ALEP

A realidade paranaense é muito diferente do mundo encantado vendido pelo Governador em discurso na ALEP. Quem viu o discurso do Governador nesta terça-feira pode pensar que ou ele vive em um mundo paralelo, ou está, mais uma vez, fazendo propaganda.


O Governador brada por aí que será reduzido o preço do pedágio, mas não conta que ele vai fechar o cerco para o paranaense passar em mais pedágios por quilômetros rodados, deixando os valores praticamente os mesmos. Valores esses que, segundo o MP, já são um roubo ao bolso dos contribuintes. Propaga que investirá em infraestrutura com dinheiro público, mas entrega de mão beijada nossas rodovias para as pedageiras.

 

Ele diz que deixou a Copel Telecom para trás para focar apenas na energia, mas o Presidente da “ainda” estatal deu entrevista esses dias, dizendo que procura novos investimentos depois que perdeu o lucro que a internet gerava para a companhia, não é contraditório? Engordou o porco e vendeu barato para os amigos acionistas, inclusive disse que os reajustes tarifários não mudariam para atender demandas políticas... Você sabe o que isso quer dizer? Que o sofrimento do povo de não poder pagar a conta de luz não fará diferença para eles. 


É curioso o governador dizer que a Sanepar está uma maravilha, quando milhares de paranaenses sofrem sem água dia sim dia não, também pela inoperância da gestão. Além disso, nem seus acionistas estão felizes, já que no dia 29 de janeiro a XP rebaixou a recomendação da empresa por estar em um ambiente de incerteza e precariedade, e, segundo a empresa, "o que tornou praticamente inviável qualquer tese de invesetimentos nas ações".

 

Na educação, o governador repetiu de ano e teve que refazer seu projeto de escolas cívico militares, pois o primeiro projeto estava errado e não atendia seus próprios desejos. Mas não esperamos que ele entenda desse assunto mesmo.


O Governador deixou o trem da história passar, diferente de governadores mais efetivos. Não teve pulso em insistir em pesquisas da vacina, em parceria com a Rússia e, desta forma, fecharam contrato com uma empresa privada. Hoje assistimos anunciarem que a vacina russa tem eficácia de 91%, muito maior que a de São Paulo, por exemplo.


De toda forma, entendo que o discurso do Governador pode ter lá sua utilidade, seja para quem gosta de ver seu patrimônio ser entregue a terceiros ou, ainda, para àqueles que acreditam em conto de fadas.

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