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Governos gastam milhões com propaganda na internet. Isso é justo?

Segundo denúncia publicada pelo site The Intercept Brasil, o Governo Jair Bolsonaro entregou mais de R$ 11 milhões ao Google, para distribuir anúncios do governo de extrema direita pela internet. Este tem sido um dos principais meios de financiamento de sites de fake news que proliferam no país desde a eleição do presidente.


Com os mais de R$ 11 milhões que recebeu, o Google só fica atrás de dois outros veículos de comunicação, a Record e o SBT, aliados de primeira hora do bolsonarismo, e de uma empresa que fornece mídia out of home, jargão do mercado publicitário para todo tipo de anúncio em ambiente externo, de painéis eletrônicos em grandes avenidas a anúncios em pontos de ônibus. A rede de televisão da Igreja Universal do Reino de Deus embolsou mais de R$ 17,3 milhões para propagandear o governo Bolsonaro. O canal de Sílvio Santos, segundo colocado, outros R$ 15,4 milhões. Em seguida, está uma fornecedora de mídia outdoor a quem o bolsonarismo entregou quase R$ 11,2 milhões, R$ 70 mil a mais do que recebeu o Google. (The Intercept Brasil)


Para o Deputado Requião Filho (MDB), nos últimos anos, não tem sido diferente aqui no Paraná. Vários veículos de apoiadores do Governo Estadual têm recebido verbas públicas para divulgação. E se esses 11 milhões de reais fossem convertidos para benefício da população, representariam milhares de cestas básicas, vagas em escolas, creches e outros investimentos sociais.

"O Paraná segue a mesma linha, reservando altas quantias para veículos de apoiadores. E estes gastos com propaganda, muitas vezes, superam os investimentos básicos em saúde, segurança e educação".

Em 2019, o Deputado chegou a apresentar um Projeto de Lei que veda a compra de mídia em veículos de divulgação que possuam em seus quadros diretores, parentes do Governador e de seu Vice, Secretários de Estado e Superintendentes. Porém, até hoje, o projeto não foi colocado em votação.


"A ideia é resguardar o interesse público e a moralidade administrativa, diante da possibilidade de veiculação de propagandas oficiais do Governo em empresas de rádio e televisão, nas quais integrem em seus quadros societários e acionários, os familiares dos membros do primeiro escalão do Poder Executivo", justificou o deputado no projeto.

Assista ao vídeo:

Clique no link a seguir para saber mais e acompanhar o trâmite do Projeto de Lei 491/2019 - https://bit.ly/2xdmO6p


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