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Foto do escritorGabinete Requião Filho

Está na hora de cobrar do Governo Federal uma posição firme contra a privatização da Copel

Oposição no Paraná está lutando, em todas as instâncias, contra a venda da Copel, mas governo federal, que tem instrumentos para impedir a privatização, está “acovardado”.

"Não fui eleito para passar pano", diz Requião Filho | Foto: Orlando Kissner /ALEP

O Governo Federal precisa cumprir um dos principais compromissos de campanha do presidente Lula, a defesa intransigente das empresas públicas, e adotar uma posição firme e definitiva contra a privatização da Copel pelo governo Ratinho Jr. no Paraná. A posição é do deputado estadual Requião Filho (PT), líder da bancada de Oposição na Assembleia Legislativa (Alep).

Em discurso na sessão de desta terça-feira (8), Requião Filho disse que os deputados de Oposição na Assembleia e o PT do Paraná estão lutando, em todas as instâncias, para impedir a venda da Copel, mas o Governo Federal, que de fato possui instrumentos para barrar a privatização, está “acovardado”.

“Merece o PT do Paraná e a Oposição ficarem lutando contra estes absurdos, e o governo federal acovardado, calado, silente, e por vezes apoiando? Eu e a Oposição somos contrários à privatização da Copel, da Sanepar, o pedágio, a entrega do Porto, e tantas outras coisas que, em nome da governabilidade, estão sendo entregues. Continuaremos na luta contra a privatização da Copel, denunciando imoralidades, ilegalidades, atropelos, e também cobrando do Governo Federal uma posição digna e mais próxima dos compromissos de campanha”.

Assista na íntegra:

Ele destacou que o BNDES, segundo maior acionista da Copel, pode atuar para impedir a privatização. Da mesma forma, o presidente Lula pode revogar um decreto assinado por Bolsonaro, em dezembro de 2022, que viabiliza a privatização. Mas nada foi feito até agora.


“No caso Copel, o que me incomoda é que nós elegemos o presidente da República, que tem uma mão forte sobre o BNDES, segundo maior acionista da Copel, mas que continua apoiando a venda da Copel. Mas digamos que o BNDES não pudesse fazer nada, o que não é verdade, o presidente Lula, com uma simples canetada, poderia revogar o decreto do Bolsonaro que trata da concessão onerosa das hidrelétricas, mas não o fez. Fizemos campanha para o presidente Lula, porque ele era contra a privatização de estatais. O discurso é um e a prática é outra”.

Para o deputado, chegou a hora de cobrar do Governo Federal uma posição firme e definitiva contra a venda da estatal, uma vez que a privatização “vai aumentar o custo da agricultura, das indústrias, das empresas e as contas de luz das famílias”.

“De que adianta a Oposição recorrer aos tribunais, se os ministros do Governo Lula fingem que nada acontece no Paraná? Fizemos campanha levantando a bandeira contra a privatização das empresas públicas ou fomos simplesmente usados e feitos de bobos? Está na hora de cobrar do Governo Federal, da bancada federal, dos ministros, uma posição firme e uma fala contra a privatização da Copel. Sou líder da Oposição ao governo Ratinho, porque acho abominável seu governo de entrega de empresas públicas à iniciativa privada, acho absurdo o que faz com a educação, mas como posso ser Oposição ao governo Ratinho se o governo federal, que ajudei a eleger e se contrapôs a todas estas bandeiras, agora se cala?”, questionou.

Frente Parlamentar das Estatais e das Empresas Públicas com Conselheiro Maurício Requião | Foto: Eduardo Matysiak

Após a sessão, Requião Filho acompanhou os deputados Arilson Chiorato, Renato Freitas e Professor Lemos, que integram a Frente Parlamentar das Estatais e das Empresas Públicas, para uma agenda no Tribunal de Contas. Ao final da reunião, os parlamentares anunciaram que vão ingressar com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça contra a decisão do presidente do TCE, Fernando Guimarães, que suspendeu a decisão do conselheiro Maurício Requião que determinou a suspensão do processo de privatização da Copel.




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