Reajustes podem chegar a 58% no mês de setembro.
Com a estiagem e os altos custos para a produção de energia elétrica no país, um novo adicional deve ser acrescido às contas de luz dos brasileiros a partir de setembro. A chamada bandeira vermelha 2 terá duração aproximada de seis meses e servirá para pagar a geração de energia por termelétricas, medida que ocorre sempre que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão muito baixos. E pode preparar o bolso; os reajustes desta vez podem chegar a 58%.
No Paraná, o impacto deve ser ainda maior lá na frente, especialmente no agronegócio, pois a partir de 2023, os produtores rurais perderão o subsídio oferecido pelo Governo Federal destinado à energia rural, que atualmente chega a 60% do valor consumido nas propriedades. E também se dará o término definitivo da Tarifa Rural Noturna, que previa o desconto de 60% na conta de energia elétrica dos agricultores, consumida entre 21h30 e 6h.
“Essa será a herança deixada pelos Governos Bolsonaro e Ratinho Jr para os paranaenses. Um aumento fervoroso nas contas da produção de alimentos, que se refletirá na mesa dos consumidores. Somado isso aos novos pedágios que devem ser implantados no Estado, em mais rodovias, em pouco tempo o Custo Paraná será mais alto do que nunca”, alerta o Deputado Estadual Requião Filho.
O parlamentar também destaca o perfil inovador dos produtores rurais, que estão aderindo a outras fontes alternativas, como a energia solar, mas ainda encontram resistência e falta de programas de incentivo público para a aplicação disso na prática. “É um Governo preocupado com o Agro só na propaganda, mas na realidade não há qualquer projeto para o futuro. Os próximos governantes terão um desafio a mais, pois terão que desenrolar este nó na economia que estão deixando os atuais comandantes do Executivo”, lamenta.
No ano passado, em sessão na Assembleia Legislativa que aprovou um projeto de criação do "Dia da Energia Solar", no Paraná, o Deputado Requião Filho chegou a pedir que o Governo Estadual fosse além e desenvolvesse um projeto para diminuir os impostos sobre o setor de energias renováveis. Para o Deputado, o Estado deveria criar um projeto para incentivar a aquisição de equipamentos para a captação e o uso de energia limpa.
“Temos aqui um dos ICMS’s mais altos sobre estes equipamentos de instalação, que captam e permitem o uso da energia solar. Ainda custa muito caro! Então sugiro que o Governo vá além e, ao sancionar este projeto, lance uma forma de incentivo, diminua os impostos, para que esse movimento ganhe força no Paraná”, sugeriu.
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