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Bancada governista carimba projeto questionado pela CNJ

Deputados de oposição protestaram contra proposta que defendia pagamento de benefícios ao judiciário paranaense. |

Na última segunda-feira (18), o Deputado Estadual Requião Filho (MDB) defendeu posicionamento contrário a um projeto de lei que pretendia deliberar mais benefícios ao judiciário paranaense, em plena crise econômica nacional. Durante as discussões na Assembleia Legislativa, chegou a ter seu discurso questionado pela bancada governista, que o acusou de estar ‘equivocado’ em sua crítica.


Porém, Requião Filho insistiu que as explicações da liderança do governo estavam contraditórias e não se calou.

“Cabe a nós a fiscalização dos demais poderes. Em plena época de corte de gastos, a Assembleia não tem coragem de vetar um projeto como este. Querem aprovar, agora, mais gratificações ao TJ? Isso não faz sentido, não é coerente com o momento”, criticou.

Assista:

A oposição apresentou emendas para evitar exageros na concessão desses benefícios, mas todas foram rejeitadas. E na sequência, o plenário aprovou, com votos contrários da bancada de oposição, o Projeto de Lei 243/2020, que criaria mais gratificações aos magistrados paranaenses.

“Não consigo entender como pode a bancada governista, diante de tantos percalços financeiros que enfrenta o Estado, seguir se curvando, cegamente, como uma casa de carimbos. Mesmo em meio às nossas críticas, eles seguiram dizendo que estávamos errados. Mas nada como um dia após o outro para mostrar quem estava com a razão”, declarou aliviado o deputado.

Nesta quarta (20), o Ministro Humberto Martins, Corregedor Nacional de Justiça, suspendeu o pagamento das gratificações e o judiciário paranaense terá ainda que se explicar, dentro de quinze dias, junto ao CNJ sobre o pagamento de qualquer verba remuneratória ou indenizatória.

“Lembro aos excelentíssimos deputados que nosso dever é de fiscalizar, não de carimbar. Chega de tratoraço! Mais debate, mais coerência”.

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