O sossego e a tranquilidade dos frequentadores do Aeroparque em Paranaguá, uma ampla área verde utilizada para momentos lazer das famílias da cidade, está com os dias contados. O local está na mira do Governo do Paraná e pode deixar de existir ainda neste ano. Parte do parque foi escolhido para dar lugar à construção da sede da Delegacia Cidadã, uma obra necessária para o município, mas que teria uma série de outras opções para ser erguida.
A mobilização iniciou quando a empresa encarregada pela obra instalou os primeiros tapumes em frente à área em questão, na semana passada. Os moradores alegam que a decisão pelo Estado foi tomada sem consulta prévia e a atitude gerou descontentamento entre a comunidade, vereadores e autoridades locais.
Desde então, vários pedidos de informações sobre o local da obra por parte da Prefeitura e do Observatório Social do Brasil vem sendo feitos ao Governador Beto Richa, na tentativa de não prejudicar a área de lazer já instalada.
Além do impacto negativo da obra com 1.791,23 m², que será erguida na Rua Domingos Peneda, praticamente no meio do parque, terá um custo bastante elevado, de R$ 5,2 milhões.
Segundo os moradores, o endereço citado na licitação é a Rua Domingos Peneda, nº 2050, e não é o mesmo em que as obras estão sendo executadas de fato, na altura do número 2628.
A vencedora da licitação 0059/2017 foi a empresa A. Garzaro Construções Civis – Eireli.
O Deputado Estadual Requião Filho se manifestou a favor da comunidade e protocolou esta semana um pedido de informações a respeito da escolha do local que parece divergir do especificado no edital.
“Além de haver dúvida sobre isso, não houve a realização de Estudo de Impacto de Vizinhança, nem sequer uma Audiência Pública para ouvir a população. Não somos contra a delegacia, ela é necessária, mas existem outros locais na cidade com maior potencial para suprir esta demanda”, justificou Requião Filho.