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Deputado exige investigação de diretor que tentou engavetar a Quadro Negro


Curitiba, 09 de agosto de 2016 – Um dia depois da divulgação de um áudio em que o diretor geral do Instituto de Criminalística do Paraná (IC), Daniel Filipetto, afirma que trabalhou para engavetar as investigações da operação Quadro Negro, que apura o desvio de verbas públicas em construção de escolas no Paraná, o deputado Requião Filho (PMDB) foi à tribuna da Assembleia Legislativa (Alep) e exigiu que a atuação do dirigente seja investigada pela Justiça.

“As acusações são seríssimas. Vamos exigir que tudo seja investigado, que estas caixas saiam do fundo do porão, que a verdade venha à tona e que o governador se explique para a justiça. A cada dia que se mexe nisso, mais lama aparece”, disse.

No áudio, divulgado pelo telejornal Paraná TV, Filipetto pede para um funcionário do IC encaixotar perícias da operação Quadro Negro e colocar os documentos no fundo do depósito. Ele diz que caso desse prosseguimento às perícias iria prejudicar o governo Beto Richa (PSDB).

“Quadro Negro está com a gente lá. Daqui a pouco, vamos acabar com as perícias, porque como eu não sou bobo nem nada, eu chamo o menino lá e falo: ‘Você enfia esse negócio numa caixa e põe lá no fundo do depósito’. Mas dali a pouco vem o Gaeco: ‘Escuta aqui, ó: estou vendo lá no site lá que não foi nem designado esse caso. O que que está havendo?’ Aí você chama e me fala: ‘Tá, não tem jeito, faz o troço’. Aí faz. Aí vai pular o presidente da Assembleia, vai pular o presidente do Tribunal de Contas, entendeu? Vai pular o braço-direito do Beto Richa. É isso que a gente faz, é o nosso receio, então tudo isso complica”, diz a gravação.

O líder da bancada de oposição defendeu que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal entrem na investigação da operação Quadro Negro. “Que todos os culpados por desviarem R$ 30 milhões de dinheiro das escolas sejam colocados atrás das grades”, decretou.

A operação Quadro Negro apura o desvio de cerca de R$ 18 milhões em recursos estaduais e federais que deveriam ser utilizados para a construção e reformas de escolas pela construtora Valor. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual à Justiça, parte dos recursos desviados abasteceram a campanha do governador Beto Richa em 2014.

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