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O impacto da privatização da Petrobras no Paraná foi tema do Grande Expediente da Alep


O debate em torno da privatização da Petrobras no Paraná foi tema do Grande Expediente, da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta terça-feira (05). Proposto pelos deputados Requião Filho (MDB) e Tadeu Veneri (PT), o espaço foi ocupado pelo diretor do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC), Roni Anderson Barbosa que falou sobre os impactos da privatização aos paranaenses.

“Com o processo de privatização da Petrobras nós perderemos nossa refinaria (Repar, em Araucária) e perdemos a Usina do Xisto, em São Mateus do Sul. Além de perder os oleodutos e os terminais, também seriam dezenas, senão milhares de empregos colocados em risco com essa privatização. Isso não é bom para o Estado, porque perde o Paraná e os munícipios onde estão localizadas estas empresas”, afirmou o deputado Requião Filho (MDB).

“Os impactos podem ser os piores possíveis porque se a empresa que comprar tiver excedente de combustível fora do Brasil, uma empresa chinesa, holandesa, ou de qualquer lugar do mundo que tenha excedente ela pode simplesmente fechar a refinaria e trazer todo o combustível importado através dos tanques, dutos e terminais que a Petrobras tem”, alertou o diretor.

"Se nós perdermos a refinaria serão cerca de R$ 6 bilhões de impostos que o Estado perde. Se perdemos as condições que temos hoje com os fertilizantes, o que isso significará para o nosso agricultor?”, observou, ao alertar que “nós ainda não temos noção do desastre que será a retirada desta refinaria, Presidente Getúlio Vargas, aqui do Estado do Paraná”, observou o deputado Tadeu.

Assista às entrevistas:

Assista ao pronunciamento na íntegra:

Audiência pública - De acordo com o diretor do Sindipetro, a Petrobras como empresa integrada consegue trazer e manter a refinaria e todo o seu sistema produtivo. “Mas, no momento que se vende essa refinaria, isso trará problemas à população como o aumento dos preços”, alertou. “Quem comprar vai querer tirar o dinheiro investido no preço do combustível depois. E se os preços já estão muito elevados hoje, eles podem se elevar muito mais e prejudicar muito mais a população”.

Os postos de trabalhos também estão em “xeque” porque ninguém sabe o que vai acontecer. “A refinaria continuará operando, vai fechar, qual será o impacto disto? Os trabalhadores estão sem saber o que vai acontecer com eles”, indagou ao convidar os presentes a continuar o debate em uma audiência pública, que ocorre na próxima semana, nesta Casa de Leis.

A audiência pública “Consequências da saída da Petrobras no Estado do Paraná”, acontece na próxima segunda-feira, dia 11, às 9 horas, no Plenarinho da Alep, com a presença de representantes do Sindicato dos Petroquímicos do Paraná, Associação dos Engenheiros da Petrobras do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, engenheiros, especialistas e outros convidados.

Pouca informação - A venda de ativos da petrolífera brasileira foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras e a movimentação faz parte do governo Jair Bolsonaro (PSL) que visa reduzir o monopólio estatal no setor, economizar em gastos públicos e melhorar o preço dos combustíveis. Com capacidade para refinar 2,2 milhões de barris de petróleo por dia, a Petrobras detém 98% do parque nacional de refino. Porém, o detalhamento sobre a venda de oito unidades no país, entre elas as do Paraná, ainda não foi apresentado. “E a privatização das duas paranaenses, a refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária e a Unidade de Industrialização de Xisto, em São Mateus do Sul está cercada de muitas incertezas e mais perguntas do que respostas”, alertou o diretor do sindicato.

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