Por: Requião Filho . |
No livro “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, um dos preferidos de qualquer líder político, ressalva-se que, caso exista falha dos soldados durante um conflito, a responsabilidade é toda do general, que não soube expressar suas ordens, avaliar as condições ou conduzir seus subordinados à vitória.
Ao longo dos séculos pudemos ver isso na prática, nas mais diversas situações. No Paraná, certamente uma das maiores batalhas dos últimos tempos tem sido esta, que vivemos na atualidade, contra o COVID-19, porém mais uma vez, está sendo terceirizada. Não é de hoje que enfrentamos crises complexas na segurança, na educação e agora também na saúde.
Muito embora esta seja muito maior do que todas as anteriores, pois de uma certa forma atinge a todos sem distinção de idade, função ou classe social, é impossível negar a comparação. Pelo menos ao longo dos últimos nove anos, a falta de uma gestão firme e confiável, tem tornado tudo mais difícil para a população paranaense.
O Governador Ratinho Jr., por exemplo, ao invés de assumir suas responsabilidades com o Estado, analisando de forma científica e técnica as necessidades dos paranaenses durante a pandemia, resolveu deixar de liderar e ceder às mais variadas pressões. Ora! Quem foi eleito pra governar deve fazê-lo com responsabilidade e sem medo, tomando as decisões necessárias para garantir o bem estar e a sobrevivência dos cidadãos. Mas aqui, não é bem o que acontece! E com ventos soprando ideias em diferentes direções, o Paraná parece um barquinho de papel solto no oceano, deixando a onda mais forte conduzi-lo por seu destino inesperado.
Enquanto o mundo determina que todos fiquem em casa, aqui no Paraná teremos, de acordo com as últimas manchetes nos jornais, o afrouxamento das medidas. Teremos, na contramão mundial, a determinação de abertura de locais de possíveis aglomerações. Tudo porque as decisões não estão sendo conduzidas conforme se deveria, movidas pela brevidade de soluções efêmeras e inseguras, ao invés de serem firmes, corajosas e protetivas à saúde humana.
Uma atitude que revela do líder uma grande falta de estrutura para suportar o peso das responsabilidades e, ao contrário do que orienta o clássico da literatura mencionado no início deste artigo, percebemos que o Governador prefere assim delegar todas as suas funções e decisões ao Secretário de Saúde. Ou seja, caso dê errado, o que provavelmente acontecerá, ele irá, também, terceirizar a culpa.
O Governador, hoje, está pela segunda vez em isolamento social em razão de suspeita de contaminação pelo coronavírus e parece que nada isso tudo o ensinou. Acontece que, este isolamento, quiçá, esconderijo, é o seu local preferido desde que começou a governar: aparece apenas quando existe uma câmera direcionada para si. É o governo dos likes, dos biscoitos, dos holofotes!
Ratinho por mais que possa ter boas intenções em governar, não consegue: é obrigado a ceder as pressões do pai, que é amigo do presidente, e aos grandes empresários. Minha esperança e voto em 2022 são minha aposta em ti porque tive profunda admiração pelo seu pai e seus oito anos de governo. Acredito que você herdou a governança dele e pode fmate supera-lo, claro que essa jamais seria a intenção, um filho superar o pai no governo. Apenas seja nosso próximo governador por favor. Abraços