Equívoco do CAGED que divulgou ranking do emprego superestimado no país, coloca em xeque os números divulgados pelo Governador nas propagandas do Estado.
O Estado do Paraná vem divulgando nos últimos tempos números expressivos da geração de empregos formais, que não parecem condizer com a realidade. Diante de tamanho estranhamento, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) reconheceu esta semana que houve inconsistência nos dados apresentados e, em revisão, apontou que a geração de vagas formais, na verdade, caiu pela metade no último ano no país.
Segundo levantamento do órgão, os dados estavam defasados e, na nova estimativa atualizada, descobriu-se que, na realidade, a geração de empregos era 46,8% menor dos números divulgados anteriormente. Em janeiro, chegou-se a divulgar a criação de 142.690 vagas com carteira assinada no acumulado do ano de 2020. Agora, o painel mostra um saldo diferente, de apenas 75.883 novos empregos no mesmo período.
Para Requião Filho, o curioso é que o Estado do Paraná, até o momento, não divulgou a revisão de seus números e seguem baseados nas estatísticas “furadas” do Caged.
“Estamos encaminhando um ofício ao Estado para que nos apresente os números reais e atualizados. Uma vez que o sistema nacional de dados reduziu pela metade o número de empregos gerais, queremos saber as nossas estatísticas verdadeiras, da nossa real situação aqui no Paraná”, declarou.
No documento, o parlamentar questiona se houve erro nos números divulgados pelo Governo do Paraná e pede a atualização completa dos empregos formais gerados e quantas vagas de emprego com carteira assinadas foram perdidas com a atualização do Governo Federal divulgada essa semana. O prazo para resposta é de 30 dias.
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