
Sem anestesia ou autorização para liberar a realização de procedimentos médicos voltados à saúde da mulher, o Sistema Único de Saúde parece estar passando por uma crise sem precedentes, no município de Bandeirantes, no Paraná. O Deputado Estadual Requião Filho recebeu a denúncia esta semana e encaminhou um requerimento questionando o prefeito Lino Martins sobre as falhas no atendimento. “Recebemos relatos que apontam a falta de profissionais nos postos de saúde, especialmente a de médicos ginecologistas, e a proibição de procedimentos, como a colocação de DIU e histerectomias. Há ainda reclamações sobre filas, cortes de algumas cirurgias e atendimento restrito apenas a mulheres grávidas. A saúde é um direito de todos, resguardado pela Constituição Federal, e qualquer limitação a isso fere, inquestionavelmente, garantias e princípios que regem as relações entre Estado e Indivíduo”, justificou. Quanto à realização de cirurgias, há informações de que pacientes, inclusive com fraturas, estão sendo enviados para casa por falta de medicação anestésica. No requerimento, o deputado questiona se houve suspensão de pagamentos dos profissionais que prestam serviços ao SUS, que podem ter levado a interrupção destes atendimentos, e o que a prefeitura tem feito para solucionar esta situação.