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Foto do escritorGabinete Requião Filho

Tentar é o mesmo que não fazer!


O evento era o Globo de Ouro 2018, transmitido ao vivo para todo o mundo. Em meio aos vencedores do prêmio, uma mulher em especial ganha os holofotes com um discurso sobre a valorização do ser humano, independente da cor ou do gênero. Em especial, o recado de Oprah Winfrey foi voltado às mulheres que, há séculos, lutam contra o abuso sexual, o preconceito e a desvalorização profissional.

Quando o tema é MULHER não há meio termo, ou você se coloca favorável à causa feminina, ou você não está colaborando para o fim do comportamento opressor de violência e abuso que as mulheres enfrentam por séculos.

Não me refiro aqui somente à violência física, mas também à psicológica, em todas as suas formas; não me refiro apenas ao preconceito no mercado de trabalho, aos salários inferiores, mas também ao desrespeito cotidiano vivenciado.

Muitas mulheres além de serem massacradas em seus lares, também o são em seus ambientes profissionais. Dados do IBGE apontam que a desigualdade de gênero e raça no Brasil perdura e as mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens, por semana. A jornada total média das mulheres em 2015 correspondia a 53,6 horas, enquanto a dos homens era de 46,1 horas.

A violência física é assustadora e seu fim só será conquistado através da educação de nossas crianças e do empoderamento feminino. Medidas de repressão e de segurança são ações imediatas para a proteção das vítimas, mas infelizmente, não têm contribuído o suficiente para a diminuição de seus índices.

A representatividade feminina parlamentar ainda é muito aquém do ideal, embora seja as mulheres a maioria da população brasileira, e não há dúvidas de que quem perde com isso é a sociedade que deixa de ter seus reais anseios defendidos politicamente.

As mulheres, além de ocuparem o papel de protagonistas em todas as lutas diárias, são as peças principais que lideram os movimentos por seus direitos, mas entendo que outras peças faltam a este grande quebra-cabeça social e elas, necessariamente, passam por nós, homens. Não haverá igualdade e justiça se não lutarmos lado a lado com as mulheres.

“Por muito tempo, as mulheres não foram ouvidas e foram desacreditadas se elas ousassem falar a verdade diante do poder daqueles homens. Mas o tempo deles acabou”, disse Oprah.

Toda mulher quer ser feliz! Para que Todas Mulheres do Mundo possam vivem com dignidade, respeito e igualdade, não basta tentar, vamos à luta!

 

*Artigo publicado originalmente por Requião Filho em Blog do Esmael.

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