Após duas semanas de recesso regimental nas atividades plenárias da Assembleia Legislativa do Paraná, o Deputado Estadual Requião Filho (PMDB) iniciou a semana fazendo um balanço deste período em que percorreu mais de 30 municípios paranaenses. Ele falou sobre este trabalho itinerante e as visitas aos municípios, reforçando o apoio aos companheiros, prefeitos, vereadores e lideranças.
"É uma maneira de prestar contas do meu mandato, de conversar com a população, com os companheiros do PMDB, com as pessoas que estão indignadas com esse governo e não estão satisfeitas com o Estado como um todo. Não dá pra parar! Então fui ver de perto a situação das escolas abandonadas, a perseguição aos servidores, as rodovias esburacadas e a indignação da população com o aumento de impostos e o fim de programas importantes que criamos, como a Tarifa Social da Água e o Luz Fraterna", exemplificou.
Requião Filho chamou atenção ainda para o projeto que defende na Assembleia em defesa aos micro e pequenos empresários, propondo a diminuição de impostos e a geração de empregos no Paraná. É o Projeto de Lei 112/2015, que precisa de apoio dos demais deputados para ser aprovado.
Universidade ameaçada na Tríplice Fronteira
Em uma de suas viagens, Requião Filho esteve em Foz do Iguaçu, onde oficializou o anúncio da realização de uma Audiência Pública na cidade, prevista para o próximo dia 17 de agosto. O objetivo será debater com a comunidade a permanência das atividades na Universidade Federal da Integração Latino-Americana – Unila, alvo de um projeto em trâmite no Congresso Nacional que pede a extinção do atual formato da instituição e fecha as portas para os países vizinhos.
“Queremos entender o porquê deste interesse repentino pelo fim da integração desta universidade tão importante para a América Latina e que tem trazido resultados tão positivos para a sociedade", defendeu Requião Filho.
De olho no Litoral
Outro debate que deve retornar à pauta neste segundo semestre é o Projeto que cria a Região Metropolitana do Litoral. Uma Audiência Pública foi realizada em Paranaguá há dois meses e reuniu representantes de todos os municípios interessados. A retomada das discussões deve movimentar as atividades a partir de agora.
Igualmente, toda atenção continuará sendo dedicada aos trabalhadores portuários e para a possibilidade de paralisação das atividades dos Portos de Antonina e Paranaguá, a partir de 09 de agosto.
De acordo com Ato Declaratório publicado em maio no Diário Oficial da União, a Receita Federal pediu à Administração da APPA o cumprimento de regularização em questões ambientais e operacionais, onde não cabe recurso e pode levar à suspensão das atividades de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias.
"Trará um prejuízo enorme aos empresários paranaenses e para a economia nacional. A direção do Porto já foi advertida e nada foi feito até agora, nem pela APPA, nem pelo Governo do Estado. Perder a capacidade alfandegária e de armazenamento do nosso porto é um risco muito grande e uma irresponsabilidade maior ainda", afirmou o deputado.
Copel e Sanepar
O Deputado Requião Filho também afirmou que vai continuar acompanhando de perto os problemas de caixa do Governo Estadual, em especial no que diz respeito à Sanepar e à Copel, que aumentaram significativamente as tarifas de água e luz da população paranaense.
“Para onde está indo este dinheiro e o que a empresa está fazendo na contrapartida, quais investimentos e obras estão sendo projetadas para beneficiar os cidadãos que pagam seus tributos em dia? Afinal, as reclamações relacionadas a estes setores são inúmeras, bem diferentes do cenário que eles apresentam nas propagandas da televisão”.
Contra a corrupção
O acompanhamento às denúncias deflagradas pela Operação Quadro Negro e pela Operação Publicano no desvio de dinheiro público da Receita Estadual, envolvendo nomes dentro do Governo, deve continuar.
“Vivemos um período complicado, em que perdemos a credibilidade em nossos governantes. Nosso Chefe do Executivo é alvo de inúmeras denúncias, aparece na lista de Janot da Lava Jato, responde a inquéritos no STJ e tem um governo investigado por fraudes no Porto de Paranaguá. Precisamos fazer a nossa parte, enquanto legisladores, protegendo a população de projetos e ‘pacotaços’ que cheguem a esta Casa, com finalidades duvidosas e prejudiciais os empresários, os servidores e os paranaenses”, defendeu.