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Seis meses depois dos manifestos, educação continua na mira


Artigo

O melhor está por vir… foi esta frase que encorajou a maioria dos eleitores no ano passado e, que agora, cai por terra, numa dura e controversa realidade.

A educação tem sido um dos setores mais afetados, resultando em números expressivos de rejeição à maneira atordoada de governar do reeleito Beto Richa (PSDB). Os professores têm ido às ruas, estão colocando a boca no mundo, os alunos prejudicados, pais desesperados, escolas fechando, professores perseguidos, descaso com a educação especial e construções de novas unidades escolares sem previsão de serem concluídas por causa da corrupção.

Não há luz no fim do túnel! E os percalços não param de surgir. Para quê pagar pela construção de escolas que nunca saíram do chão, e reclamar do custo de colégios que agora ameaça a fechar? Ou será que estas unidades escolares que estavam sendo construídas nunca deveriam ter sido feitas, idealizadas apenas pelo motivo cruel de simplesmente desviar verbas públicas?

Para quê construir e defender um estado laico, se os professores não podem sequer dar sua opinião, fomentar o debate em sala de aula sobre os assuntos mais polêmicos, sejam eles de gênero, política ou religião? Quando estaremos realmente preparados para uma educação de verdade? Que cidadão está se querendo formar? Cadê a democracia?

O governo Beto Richa segue na contramão, em tudo o que se entende por gestão de Educação no mundo. Ele pensa em reduzir despesas fechando escolas, calando a boca dos professores e transformando os alunos em meros cordeirinhos. É inacreditável, mas onde foi que ele aprendeu a administrar? Na ditadura?

Em qualquer outro lugar desenvolvido do mundo, Educação é investimento… aqui, pura despesa! Despesa que pesa, pesa, peeeeeesa… principalmente na cabeça de pais que agora temem ter seus filhos sem salas de aula no próximo ano.

Educação deveria ser uma revolução, como em países de primeiro mundo que transformaram o rumo de suas histórias quando todas as crianças passaram a ter oportunidades iguais, em escolas de qualidade, gratuita, e com professores se sentindo valorizados.

Ideal seria se o governador visse a educação como uma carreira nobre, merecedora de investimentos e total atenção. Mas este ideal parece ter ficado no passado…

Num passado não tão distante, onde um governador teve peito para inaugurar dezenas novas escolas em todas as regiões do Paraná, quadras cobertas, comprar mais de mil ônibus escolares, contratar milhares de professores, valorizar a educação profissionalizante, atender às comunidades mais distintas e levar conhecimento a todos os cantos do Estado.

Tudo isso levou o Paraná ao topo do Ideb, rebaixado somente em 2013, no governo Beto Richa, que jogou fora tudo o que os outros haviam construído. E então, nesse momento, você deve estar se perguntando o mesmo que Drummond:

“E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?”

A educação tem que ser prioridade absoluta. Sem isso, quem perde é o Paraná!

Magistério é carreira de prestígio! Reclamar do barulho que fazem os “comedores de pão com mortadela” ou “os mortos de fome”, como são julgados os professores pelos integrantes do atual governo, é fechar os olhos e os ouvidos para as reais necessidades da educação atualmente.

Governador, este é o cenário de caos que o senhor construiu para o seu Estado, uma realidade obscura e que caminha para o retrocesso.

A propósito, lá se vão seis meses dos manifestos no Centro Cívico. Seis meses que o senhor voltou atrás com sua palavra e não pagou a data-base aos professores. Por que naquele momento o senhor também não fez uma vaquinha e não arrecadou fundos para cumprir seus compromissos com a educação? Poderia ter chamado seus amigos para contribuir com mil reais cada um, para jantar frango com polenta, em alto estilo, do que descumprir a data-base dos professores. Preferiu jogar bombas e promover o maior massacre contra a Educação já vista no Paraná.

Lá se vão seis meses e a educação continua na mira das desgraças deste desgoverno! #29deAbril – Não vamos esquecer.

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